Meu filho está doente e não quer comer! O que eu faço?

26 novembro, 2019

        A falta de apetite é um dos principais motivos de preocupação dos pais quando a criançada adoece. Mas, o que fazer nessa situação?

        Veja algumas dicas:
✅ Se seu filho estiver doente, mas relativamente bem, mantenha a calma! O apetite melhora junto com a melhora clínica da criança!
✅ Não force seu filho a comer! Ofereça alimentos saudáveis ou deixe-os disponíveis para que seu filho coma quando sentir vontade.
✅ Evite oferecer doces e guloseimas como recompensa.
✅ Manter a hidratação é prioridade! Uma criança hidratada permanece relativamente ativa e faz bastante xixi. Ofereça líquidos com frequência ao longo do dia.
✅ Ao contrário, uma criança desidratada mostra-se abatida e pode apresentar palidez, olhos fundos, choro sem lágrimas, boca seca, diminuição da quantidade de xixi, irritabilidade ou sonolência excessiva.
✅ Na suspeita de desidratação, vá ao pronto-socorro!


Dra Marianne Karel V. Kawassaki

Pediatria Geral e Medicina Intensiva

CRM 128079


 

Situações de alerta para levar seu filho ao PS

26 novembro, 2019

        Quando uma criança está passando por um processo infeccioso, seja de causa viral ou bacteriana, existe a chance de piora e progressão para uma situação de gravidade.

        As crianças pequenas, especialmente, os bebês menores de 6 meses, e crianças com doenças crônicas ou que levem à deficiência da imunidade têm maior chance de evoluírem com quadros graves e, até mesmo, fatais.

E quais são os sinais ou alterações que estão associadas a maior risco de gravidade?


⚠️ Palidez e semblante abatido
⚠️ Mãos e pés de coloração anormal: pálidos ou azulados
⚠️ Mãos e pés frios
⚠️ Febre acompanhada de tremores e calafrios
⚠️ Febre alta e/ou difícil de ceder
⚠️ Hipotermia
⚠️ Vômitos frequentes
⚠️ Sinais de desidratação: olhos fundos, boca seca, mãos e pés frios, redução da quantidade de xixi, irritabilidade e/ou sonolência
⚠️ Alterações da respiração: respiração rápida ou ofegante
⚠️ Alterações neurológicas e/ou do estado mental: irritabilidade excessiva, sonolência excessiva, perda repentina de força muscular, fontanela (ou moleira) abaulada e endurecida, alterações visuais repentinas (ex. estrabismo, perda de foco, olhar vago), crise convulsiva
       

        Se seu filho estiver doente e você identificar qualquer uma das alterações acima, não perca tempo! Leve-o ao pronto-socorro para uma avaliação.

        Você pode ser a primeira pessoa a perceber um sinal de gravidade e, quanto antes isso acontecer, mais rápido seu filho receberá o suporte necessário para uma boa recuperação!


Dra Marianne Karel V. Kawassaki

Pediatria Geral e Medicina Intensiva

CRM 128079







 

Por que a tosse piora à noite?

26 novembro, 2019

Quem tem filho pequeno, provavelmente, já teve essa dúvida!

        As infecções das vias aéreas superiores são infecções comuns durante toda a infância e, consequentemente, grandes responsáveis pela ocorrência de tosse. Por exemplo, quando a criança desenvolve um quadro gripal, a inflamação da mucosa respiratória e o aumento na produção de secreção resultam numa tosse barulhenta e carregada!

        Ao deitar, por ação da gravidade, a secreção goteja mais facilmente para a garganta e é esse gotejamento que faz a tosse piorar. Afinal, é durante a noite que a criança permanece deitada por mais tempo, dando a impressão de piora associada ao anoitecer.

        Uma medida simples, mas que ajuda no alívio da tosse carregada, é fazer lavagem nasal com soro fisiológico várias vezes ao dia.
Evite o uso de xaropes para “cortar” a tosse e de soluções nasais que contenham descongestionantes. Essas medicações podem ser perigosas e causar intoxicação.


Dra Marianne Karel V. Kawassaki

Pediatria Geral e Medicina Intensiva

CRM 128079








 

Doenças preveníveis por vacinas: SARAMPO

26 novembro, 2019

O QUE É?

            O sarampo é uma doença viral grave, extremamente contagiosa, que circula em todos os continentes. Provoca inflamação importante do trato respiratório e dos vasos sanguíneos, especialmente, os pequenos vasos sanguíneos da pele e da mucosa oral.


COMO É TRANSMITIDO?

            É transmitido pela inalação de gotículas contendo o vírus, que são eliminadas pela pessoa doente, infectando pessoas susceptíveis por meio do trato respiratório ou conjuntivas. Essas gotículas podem permanecer suspensas no ar mesmo após o doente deixar o local, o que aumenta a chance de contágio.


QUAIS OS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS?

            Os sinais e sintomas iniciais da doença são febre, conjuntivite com fotofobia (sensibilidade à luz), tosse, coriza e manchas na cavidade oral (enantema). Com o passar dos dias, os sintomas pioram, com ocorrência de febre alta e manchas na pele por todo o corpo (exantema). É comum a criança ficar muito abatida e com falta de apetite.


QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES?

            As principais complicações associadas ao trato respiratório são: otite média aguda (infecção de ouvido), sinusite, crupe, traqueíte, bronquiolite e pneumonia grave. Outras complicações são diarreia, vômitos, desidratação, apendicite e miocardite (inflamação do coração). Complicações associadas ao sistema nervoso central incluem as convulsões, encefatite (inflamação do cérebro), retardo mental, incapacidades motoras, surdez e coma. Existe uma complicação tardia, chamada panencefalite esclerosante subaguda, que pode acontecer anos após a ocorrência do sarampo e que, geralmente, leva à morte.


QUAL O TRATAMENTO?

            O tratamento é baseado no suporte clínico e alívio dos sintomas, a depender da gravidade clínica. Medidas como manutenção da hidratação, controle da dor, oxigenação, suporte com ventilação mecânica, entre outras, podem ser necessárias.


EXISTE PREVENÇÃO?

            A principal forma de prevenção é através da vacinação. O esquema recomendado pela Sociedade Brasileira de Imunologia (SBIm) são duas doses da vacina tetraviral (Sarampo-Caxumba-Rubéola-Varicela), sendo a primeira aos 12 meses de idade e a segunda entre 15 e 24 meses. A reação mais frequentemente associada à vacina é a febre, que pode ocorrer de 5 a 12 dias após a vacinação. Não há associação com autismo.


Dra Marianne Karel V. Kawassaki

Pediatria Geral e Medicina Intensiva

CRM 128079

 

Saiba um pouco mais sobre: AS INFECÇÕES VIRAIS COMUNS NA INFÂNCIA.

26 novembro, 2019

            Os vírus são os responsáveis pela maioria dos quadros febris em crianças de todas as idades e, consequentemente, pelas visitas ao hospital. Qual pai ou mãe nunca recebeu a notícia que seu filho estava com uma "virose"? Apesar dos quadros virais terem a tendência de serem mais leves quando comparados aos quadros bacterianos, nem sempre é assim! As crianças pequenas, em especial as menores de 2 anos, são as que estão sob maior risco de apresentarem complicações e, desta forma, necessitarem de internação hospitalar.

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS?

            Os sintomas são variados e, dentre eles, é comum as infecções virais cursarem com febre,  manchas na pele, dores no corpo, mal-estar, indisposição, falta de apetite, náuseas e vômitos, fezes amolecidas etc. Quando a infecção é das vias respiratórias, podem aparecer coriza, espirros, obstrução nasal e dificuldade para respirar. Quando a infecção é do trato digestivo, é comum surgirem náuseas, vômitos, fezes amolecidas e diarreia.

QUAIS AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS?

            Considerando que a falta de apetite é um sintoma presente em quase todas as crianças doentes, a dificuldade em ingerir líquidos numa quantidade adequada pode levar à desidratação. Uma criança desidratada pode apresentar-se hipoativa e sonolenta em excesso, com olhos fundos, boca seca, choro sem lágrimas, mãos e pés frios, com redução na quantidade de xixi. Sempre desconfie de desidratação se seu filho estiver apresentando perdas de líquido sob a forma de vômitos e diarreia junto com um ou alguns dos sintomas citados anteriormente. Se a infecção viral for do trato respiratório, complicações bacterianas podem aparecer, como otite, sinusite e pneumonia.

COMO SÃO TRANSMITIDAS?

            Geralmente, são transmitidas através do contato com pessoas doentes, condição na qual os vírus circulam num determinado ambiente pelo compartilhamento de objetos contaminados por secreção (talheres, copos, chupetas, mamadeiras, brinquedos) e por gotículas de saliva que são eliminadas quando o doente fala, espirra ou tosse. Desta forma, fica claro o porquê de várias crianças, numa mesma sala de aula, adoecerem praticamente ao mesmo tempo.

QUAL O TRATAMENTO?

            Na maioria das vezes, o tratamento é baseado na maior ingestão de líquidos e no uso de sintomáticos, ou seja, de medicações cuja função é aliviar os sintomas da doença. Os antibióticos não estão indicados para o tratamento das infecções virais, a não ser que cursem com complicações bacterianas.

EXISTE FORMA DE PREVENÇÃO?

            A prevenção costuma ser feita com a lavagem adequada das mãos, uso de álcool gel e, de preferência, evitando-se o contato próximo com pessoas doentes. Algumas infecções virais, como a gripe causada pelo vírus Influenza, como a varicela (catapora) e o sarampo, podem ser prevenidas com a vacinação.


Dra Marianne Karel V. Kawassaki

Pediatra Geral e Medicina Intensiva

CRM 128079

 

Saiba um pouco mais sobre: BRONQUIOLITE AGUDA

26 novembro, 2019

O QUE É?

            A bronquiolite aguda é uma inflamação dos bronquíolos que, por serem vias aéreas de pequeno calibre, obstruem devido ao surgimento de inchaço e secreção, tornando a circulação de ar mais difícil dentro dos pulmões.


O QUE CAUSA A BRONQUIOLITE AGUDA?

            Na grande maioria das vezes, a bronquiolite é causada por uma infecção viral, sendo o vírus respiratório sincicial (VRS) o responsável por mais de 50% dos casos. Outros microorganismos que também podem causar bronquiolite são os vírus parainfluenza, adenovírus e vírus da gripe (influenza).


QUAIS OS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS?

            Em geral, o quadro começa como um resfriado, sendo comuns obstrução nasal, coriza, espirros e tosse. Com o passar dos dias, podem surgir febre e dificuldade para respirar. Com a piora da inflamação pulmonar, mais comumente vista entre o quarto e sexto dias de doença, a criança se torna mais cansada, o que pode levar a queda da oxigenação do sangue e insuficiência respiratória aguda.

            A gravidade da doença pode ser maior nas crianças menores de 1 ano, naquelas que possuem doenças pulmonares crônicas, problemas cardíacos ou problemas de imunidade.


COMO É O TRATAMENTO?

            Nos casos leves ou naqueles que não necessitam de internação hospitalar, o tratamento é feito basicamente com medidas simples, tais como lavagem nasal e inalações frequentes com soro fisiológico, além de antitérmicos se houver febre. A lavagem nasal empurra a secreção acumulada nas cavidades nasais, melhorando a obstrução e facilitando a entrada de ar, o que faz a criança respirar melhor. Crianças muito pequenas não sabem respirar pela boca e, assim, tentam respirar pelo nariz obstruído a todo custo.

            Nos casos mais graves, além das medidas já descritas acima, também há a necessidade de ofertar oxigênio, seja por meio de máscaras faciais, cateter nasal e outros dispositivos simples, ou por meio de ventilação mecânica.

            Os antibióticos não fazem parte do tratamento da bronquiolite aguda, pois é o próprio organismo que acaba com a infecção viral. Esse tipo de medicação é prescrita se houver alguma complicação bacteriana associada, como infecção de ouvido ou pneumonia.


EXISTE PREVENÇÃO?

            O ponto-chave está em evitar o contato com pessoas doentes, mesmo que estas apresentem quadros virais leves. Adultos ou crianças com quadros virais agudos devem evitar, por exemplo, visitas em maternidades, hospitais ou a recém-nascidos. A transmissão ocorre de maneira fácil de uma pessoa a outra, especialmente, pelo contato com as mãos sujas de secreção, pela tosse e espirros. Crianças com história de prematuridade e portadoras de doenças pulmonares ou cardíacas crônicas podem se beneficiar com a administração de Palivizumab (anticorpo contra o VRS).


Dra Marianne Karel V. Kawassaki

Pediatria Geral e Medicina Intensiva

CRM 128079

 

Quando iniciar o desfralde?

26 novembro, 2019

        Ahh... o desfralde! Muitas mães temem esse momento, pois é comum a queixa de que o processo é demorado e estressante para a criança!

        Ao contrário do que muita gente pensa, o desfralde não depende de treinamento, mas de DESENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO! Ou seja, da mesma forma que um bebê só senta ou anda quando o cérebro está pronto, o desfralde só vai acontecer quando o cérebro da criança tiver maturidade suficiente para tal!

        Então, muita calma nessa hora e anote essas dicas:

🐥Não tenha pressa! A chance de sucesso será maior após os 2 anos de idade e algumas crianças só conseguem desfraldar por volta dos 4 ou 5 anos!

🐥A comunicação é essencial! Tudo fica mais fácil e rápido quando a criança consegue avisar que deseja fazer xixi ou cocô!

🐥Inicie o desfralde retirando, primeiro, a fralda do dia. Enquanto a criança acordar de fralda cheia, não adianta retirar a fralda da noite!

🐥Elogie seu filho sempre que conseguir usar o troninho ou a privada (use um redutor de assento)!

🐥Não castigue seu filho se houver escapes! Apenas diga que está tudo bem e acalme-o se ficar assustado.

🐥Compre protetores impermeáveis de colchão! Com certeza, serão úteis, pois os escapes noturnos poderão acontecer mesmo quando o desfralde estiver completo!

🐥Se você já estiver na luta para desfraldar seu filho há algumas semanas, provavelmente, não é o momento! Pare tudo e espere que ele cresça mais um pouco! Quando o desfralde acontece no momento certo, não há choro, não há medo, não há estresse! 😉


Dra Marianne Karel V. Kawassaki

Pediatria Geral e Medicina Intensiva

CRM 128079



 

A difícil arte de amamentar

26 novembro, 2019

        Amamentar é uma arte! Só quem passa por essa fase sabe como é difícil!

        Enquanto mãe e bebê tentam se adaptar à nova vida, as dificuldades logo aparecem: mamas cheias e dolorosas, fissuras mamilares, dificuldade em saber porque o bebê chora e quando está com fome, muito cansaço físico e poucas horas de sono.

        Parece que tudo conspira para dar errado, mas a natureza é sábia! Seu corpo está em transformação e preparando o melhor alimento para seu bebê: O LEITE MATERNO!
🤱🏼Alimente-se bem e beba muita água para ajudar a manter uma boa produção de leite.
🤱🏼Tente descansar sempre que puder! Parece algo impossível nos primeiros dias, mas dormir é essencial para seu bem-estar físico e mental.
🤱🏼Se suas mamas estiverem muito cheias no horário da mamada, faça massagens circulares ao redor dos mamilos e ordenhe um pouco de leite. Isso vai deixar seus mamilos mais macios, facilitar a pega do bebê e, assim, diminuir a chance de aparecer fissura.
🤱🏼É comum o bebê tirar uma soneca poucos minutos após começar a mamar e não significa que já esteja de barriga cheia. No primeiro mês de vida, as mamadas são demoradas e podem durar em torno de 60 minutos. Espere o bebê acordar ou estimule-o de alguma forma. Uma boa dica é trocar a fralda! Assim que acordar, volte a amamentar.
🤱🏼Após uma boa mamada, o bebê vai relaxar e, considerando que esteja de barriga cheia, provavelmente aguentará de 2 a 4h até a próxima mamada. Sendo assim, é esperado que as mamadas aconteçam a cada 2, 3 ou 4 horas.
🤱🏼Aos poucos, o próprio bebê estabelece um ritmo de mamada, o que é muito importante para manter a produção de leite. E, com o passar dos dias, seu corpo produzirá a quantidade de leite suficiente para alimentar seu bebê! Nem mais nem menos!
🤱🏼Evite o uso de bombas extratoras de leite e não aplique compressas quentes!
🤱🏼Dê tempo ao tempo! Tudo ficará bem!


Dra Marianne Karel V. Kawassaki

Pediatria Geral e Medicina Intensiva

CRM 128079